Parecem animais pré-históricos se movendo sozinhos nas praias holandesas. São as esculturas de Theo Jansen, que utilizam um conceito expressivo chamado "esculturas cinéticas". Os Strandbeests ("animais de areia", no batismo original do escultor) são pensados a partir de modelagens 3D, que permitem a ele planejar e otimizar as estruturas e o movimento. O resultado é que as esculturas são capazes de caminhar sozinhas na areia, com impulso dos ventos, conseguindo evitar obstáculos e até a água, com alguns sensores simples.
Agora o mais maluco: Theo Jansen se baseia na teoria evolucionista darwiniana nesse processo. Ou seja, as esculturas evoluem por tentativa e erro. Depois de criar um “animal de areia” e observar o seu comportamento nas praias, Jansen declara a escultura como extinta e começa a trabalhar na próxima criação, corrigindo os problemas do antecessor.O objetivo final é que elas consigam sobreviver sozinhas nas praias.
Os strandbeests começaram a ser trabalhados por Jansen há 20 anos atrás. Antes de se meter nesta aventura de uma vida, o artista-engenheiro estudou física na Universidade de Delft e, no primeiro grande projeto cinético, criou um OVNI que assustou os habitantes de Delft. Apesar do efeito estético das esculturas, Jansen confessa que quando planeia um novo animal está mais preocupado com o seu funcionamento.
Abaixo, alguns vídeos sobre o processo de trabalho e as esculturas em movimento.
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